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Data Blog 30 de Agosto de 2011 - 09:56:00h

Mistura de etanol à gasolina cairá para 20% em outubro

Brasília - O governo vai reduzir de 25% para 20% a proporção da mistura de etanol anidro na gasolina a partir de 1º de outubro. A informação foi dada no início da noite desta segunda-feira, 29, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff.“Nós temos que garantir o abastecimento olhando para este ano e olhando para o próximo ano também, porque verificamos que a safra do próximo ano não será muito melhor do que a atual. Então temos que tomar providência desde logo”, justificou Lobão.O novo porcentual da mistura de etanol na gasolina valerá por tempo indeterminado, segundo o ministro. “Depois calibraremos, verificando a resolução, no momento em que acharmos que há segurança para suspendermos”, afirmou.Além dessa medida de segurança contra desabastecimento do mercado e de preços altos, Lobão ressaltou que medidas complementares já anunciadas, como o financiamento da estocagem, também serão adotadas.Segundo o ministro, os parâmetros das linhas de financiamento com “favorecimento” estão em fase e considerações finais do ministro da Fazenda, Guido Mantega.A previsão, segundo Lobão, é de que as medidas sejam anunciadas nos próximos dias. Também participaram da reunião Mantega, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.Crítica - A redução da mistura de anidro na gasolina de 25% para 20% deve criar novas incertezas no setor de combustíveis, de acordo com especialistas do setor sucroalcooleiro.Segundo Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria, a redução é desnecessária porque o setor está importando etanol para equilibrar o abastecimento. “Esta importação de etanol não traz ônus fiscal para o País porque o etanol internacional está mais barato que o do mercado interno, o que não acontece com a gasolina que a Petrobras vai ter que importa a mais”, disse o executivo.Para uma fonte do setor que não quis se identificar, a redução do anidro trará incertezas para o setor quanto ao abastecimento e preço. Conforme a fonte, um novo patamar de equilíbrio terá que ser buscado, o que provocará incertezas em relação a preço e também à oferta de gasolina, que terá que ser maior por parte da Petrobras.Para o presidente da Renuka do Brasil, Humberto Farias, de alguma forma a redução já era esperada pelo setor em função da forte quebra de cana registrada este ano, com a safra devendo ficar abaixo das 500 milhões de toneladas no Centro-Sul.Farias disse que a oferta e demanda do etanol estão sendo monitoradas e uma decisão de redução pode ter vindo deste monitoramento. Ele acredita, contudo, que assim que um volume maior de cana estiver disponível, a mistura volta a subir.Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, o setor de distribuição está avaliando as conseqüências da medida. “Acredito que a maior preocupação neste momento é como a Petrobras irá conseguir esta gasolina extra”, disse. Fonte: Agência Estado
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