BLOG

Data Blog 26 de Julho de 2011 - 10:14:00h

Petrobras posterga refinaria e planeja venda de ativos

Prevista originalmente para ser inaugurada em 2014 no município maranhense de Bacabeira, a refinaria Premium 1 teve a data de conclusão postergada pela Petrobras para depois de 2015, como resultado da revisão do novo Plano de Negócios da estatal para os próximos quatro anos. Anunciado na sexta-feira, depois de três tentativas malsucedidas de aprovação pelo Conselho de Administração da empresa, o Plano prevê US$ 224,7 bilhões em investimentos entre 2011 e 2015, mesmo valor do anterior (2010-2014) e cerca de US$ 25 bilhões inferior à primeira versão deste novo plano, apreciada em maio pelo Conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O novo Plano, que aumentou a concentração dos investimentos da empresa na área de Exploração e Produção (E&P), também prevê, pela primeira vez na história dos Planos da companhia, um programa de desinvestimento de ativos. Ao todo, a companhia pretende vender e se desfazer do equivalente a US$ 13,6 bilhões em ativos, no período. A iniciativa visa uma maior eficiência e rentabilidade na gestão dos negócios da empresa. Com relação à área de E&P, a diretoria presidida pelo diretor Guilherme Estrella agora passou a responder por 57% dos investimentos totais da empresa, ante os 53% do Plano anterior. Dos US$ 127,5 bilhões previstos para os próximos quatro anos, 87% serão destinados ao desenvolvimento dos campos da companhia, aí incluídas as áreas do pré-sal e da cessão onerosa. Postergação no refino Projetada para processar 600 mil barris/dia de derivados, o que conferirá a condição de maior refinaria do Brasil, a Premium 1 teve a pedra fundamental inaugurada em janeiro do ano passado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Principal bandeira econômica do governo maranhense, a unidade passa a engrossar uma lista de empreendimentos considerados de menor urgência pela Petrobras -que também inclui alguns projetos da diretoria de Exploração e Produção (E&P). Além de dar prioridade aos empreendimentos em uma etapa mais adiantada de construção, a estatal optou pelas refinarias que produzirão gasolina, como a Abreu Lima, em Pernambuco. A Premium 1, por sua vez, foi projetada para processar óleo diesel, bunker (combustível para navios) e Querosene de Aviação (QAV). Embora a estatal planeje alcançar a autossuficiência nos derivados nos próximos anos, com uma maior produção de óleo diesel, decidiu optar, no curto prazo, em caráter emergencial, pela expansão da oferta de gasolina. Diante da menor oferta de etanol nos dois últimos anos, a companhia já importou 2,5 milhões de barris de gasolina neste ano. Na edição da última quinta- feira, o BRASIL ECONÔMICO informou que a diretoria da estatal aguarda apenas a definição do novo percentual da mistura de etanol na gasolina, pelo governo, para fechar a importação de uma nova leva do combustível. A estatal também não poderá reajustar o preço da gasolina, pelo menos no curto prazo, como forma de contribuir para o esforço do governo de combate à inflação. Embora a redução dos investimentos em refino tenha sido cobrada nos últimos anos por analistas de mercado e acionistas minoritários, a área de E&P também foi contemplada com cortes. A decisão, que contrariou principalmente gerentes e técnicos da diretoria comandada por Guilherme Estrella, deverá poupar, no entanto, os investimentos no desenvolvimento da produção de campos já descobertos. Os cortes nos desembolsos principalmente para a prospecção de novas áreas limitarão a margem de manobra da Petrobras nos próximos leilões de áreas da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O anúncio do novo Plano ocorre depois de três tentativas malsucedidas de aprovação e de um desgastante processo de discussão que chegou a afetar a relação dos presidentes da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e do Conselho de Administração da estatal, Guido Mantega. O novo Plano de Negócios da companhia prevê investimentos de R$ 224,7 bilhões entre 2011 e 2015, mesmo valor do definido para o período 2010 a 2014 e cerca de US$ 25 bilhões inferior à primeira versão. Fonte: Brasil Econômico/AC
TENHA SEU POSTO
FAÇA SEU PEDIDO ONLINE
CONHEÇA NOSSA REDE DE POSTOS
TRABALHE CONOSCO